Expresso Continental

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010



                                     Capítulo 10 – Talvez seja mentira

  Jonny voltou para casa naquele mesmo dia, queria deixar Amy sozinha para se concentrar em seus pensamentos e queria ter um tempo para pensar também.
  Ele morava em um espaçoso apartamento, cheio de luxo e aconchego, ele ainda se perguntava se valia a pena ter tudo aquilo, já que quando ele passou um final de semana no pequeno e confortável AP da Amy ele percebeu que não usava a metade de suas coisas.
  Talvez quando eu me casar e os meus filhos tiverem andando esse apartamento me seja realmente útil. Pesou ele sorrindo.
  Ele só conseguia pensar em seu futuro com Amy. Eles casando, vivendo juntos, ela grávida, crianças correndo pelo apartamento e ambos gritando para que parassem.
  “Eu tinha um sonho, uma coisa muito importante pra mim, que eu prezava muito. Quando eu estava perto de me formar eu comecei a estagiar na Ristof Company.” A voz de Amy de repente invadiu a mente de Jonny.
  O que eu estou pensando? Amy é uma boa garota, mas não sei se para casar... Ela tem tantos segredos. Ela deve saber algo importante sobre o Expresso Continental. Pensou ele.
  -Irei descobrir esses segredos e assim poderei ajudar a Amy e juntos seremos os melhores da empresa, homem e mulher, marido e esposa, mãe e pai, senhor e senhora Waller.
  Após tomar um banho relaxante, Jonny foi surpreendido pela visita da irmã que apareceu sem dar nenhuma explicação.
  -Quanto tempo não nos vemos? – perguntou Cintia chateada.
  -Não faço idéia... Uma ou duas semanas? – chutou ele.
  -Um mês! Querido Jonny, um mês! Soube que você está namorando... Está pensando em me abandonar pra ficar com ela? – perguntou ela ofendida – Deve ser essas mulheres sem família que não quer que os outros também não a tenham!
  -Calma Cintia! Ando meio atolado com trabalho, está tendo um tipo de promoção e estão todos dando duro na firma. Não tem nada haver com minha namoradinha. – ele fez uma pausa – Lembra do prêmio que eu te falei? Ela está me ajudando a ganhá-lo.
  -O porteiro me disse que uma mulher freqüenta o seu apartamento, mas nunca pensei que fosse uma namorada mesmo. Diga logo o nome da vadia.
  -A mulher que freqüenta meu apartamento é a diarista e não a minha namorada, que eu me lembre ela nunca veio aqui. – ele abraçou-a – Você sempre foi tão ciumenta. Eu reservarei sempre um tempo pra você, mesmo que eu tenha nove ex-esposas e quinze filhos, você sempre terá um espaço, afinal você é minha irmãzinha.
  -Mas que mulher separa seu namorado da família? – disse ela com um tom manhoso.
  -Ela não me separou de ninguém, é você que não atende o celular!
  -Eu também trabalho, sabia? Estou cobrindo as noticias do Expresso Continental e a todo momento temos boas novas. Ele foi construído tão rápido não acha? E como será que ele atravessa o oceano? É a notícia do momento e a minha oportunidade. –Cintia estava muito animada agora.
  -Todos só falam nesse trem, não é a toa que a Amy não gosta dele.
  -Amy?
  -Minha namorada.
  -Amy... Amy... Eu já ouvi esse nome em algum lugar...
  -Bom... Devem existir muitas Amys no mundo, então é natural que você já tenha ouvido falar de alguma ao menos uma vez na vida.
  -Lembrei! – disse ela animada – Eu escrevi uma matéria sobre uma Amy! Amy Standford!
  -Você escreveu sobre ela? – perguntou Jonny impressionado.
  -Você disse que lia as minhas matérias – disse ela nervosa.
  -Eu leio... Mas não posso ler todas, você escreve para dois jornais e tem matérias diárias! Três por dia em cada jornal e são sempre grandes e eu tenho que trabalhar não posso ler tudo.
  -Eu não escrevo tanto assim, só algumas vezes... Certo... Então quer dizer que você não sabe o que ela fez, não é? Se soubesse você não estaria namorando com ela.
  -Por que não? O que ela fez?
  -Ela trabalhou na Ristof Company!
  -É verdade você cobriu o escândalo da Ristof... Mas o que isso tem haver com a Amy?
  -Ela é AQUELA Amy! – disse ela nervosa - Ela é uma puta, tem tara por engenheiros bem sucedidos, é lógico!  Cuidado Jonny! Ela queria acabar com a vida dos Ristof.
  -Não foi bem isso que eu soube... – disse ele mordendo o lábio inferior.
  -Você acredita mais nela do que em mim?! Eu sou sua irmã Jonny! Crescemos juntos, você deveria confiar em mim! E não numa mulherzinha que você acabou de conhecer! Eu pesquisei a vida dessa mulher a fundo! Ela quase acabou com a vida dele. Eu estou te dizendo, até julgada ela foi, tem que ficar a mais de 100 m de distancia de Martin Ristof.
  -Que irmãzinha super protetora eu tenho – disse ele abraçando-a e alisando os cabelos dela.
  -Eu quero apenas o seu bem.
  -Eu sei.
  Será que ela mentiu para mim? Pensou ele.
  -O que você vai fazer? – perguntou Cintia intrigada – Ela tentou acabar com a vida de um homem, fazer isso de novo não custa nada. Quanto mais você, que sempre foi tão bobo com as mulheres.
  -Não sou bobo. Estou apaixonado por ela Cintia. Não posso evitar.
  -Parece uma mulher falando. – disse ela irritada.
  -Não sou uma mulher apaixonada, sou um homem apaixonado. – disse ele calmamente – E que não tem medo de amar.
  -Mas você... Você é tão parecido com o Martin Ristof. Você se parece muito com ele! – ela fitou-o por um estante – Nunca te disseram isso?
  -Me recordo de alguns comentários do gênero, mas que importância tem isso? – perguntou ele confuso.
  -Você não percebe? – perguntou Cintia indignada – Ela não quer você, querido irmão, e sim quem você lembra.
  -Não pareço tanto com ele para chegar a esse ponto!
  -Parece sim! Veja você mesmo – Cintia pegou o celular e mostrou a foto de Martin Ristof ao irmão. – Francamente Jonny você nunca se interessou pelo trabalho de sua irmãzinha? Se você lesse minhas matérias saberia de tudo isso antes de acontecer...
  Jonny não ouvia o que Cintia dizia, ele ficou olhando a foto fixamente e só conseguia pensa em uma coisa.
  Talvez seja mentira! Mas de quem?

Expresso Continental

domingo, 13 de dezembro de 2009

                                            
     Capitulo 9 - Meias verdades.
  Na manhã seguinte Amy e Jonny tomaram café juntos.
  -Você está tão encantadora - disse Jonny alisando a mão dela.
  -Posso ser sincera? - perguntou ela acanhadamente.
  -Claro...
  -Você é melhor do que eu imaginava.
  -Você imaginava é? - perguntou ele com um sorriso de canto de boca.
  -Até que cansei de imaginar - disse ela rindo.
  -Não sei se você vai gostar de saber... Mas imaginei desde a primeira vez que te vi.
  -Me sinto tão atraente agora. - disse ela puxando-o para perto e sussurrando no ouvido dele - E se eu disser o mesmo?
  -Me sentirei melhor.
  Depois do café eles passaram o resto do dia trabalhando no projeto.
  Um programa ótimo para um sábado - pensou Jonny.
  Quando escureceu Jonny se preparou para ir para casa.
  -Já? - perguntou Amy timidamente - Por que tão cedo? Achei que você fosse passar o final de semana aqui...
  -Isso é um convite? - perguntou ele interessado.
  -Prefiro encarar como uma ordem - disse ela beijando-o.
  -Sim senhora! - disse ele batendo continencia.
  Ambos trabalharam duro durante três meses restantes. Amy tinha vários pesadelos com Jonny e Martin e alguns sonhos românticos também.
  Amy estava sentada em um cais olhando a lua quando Matin sentou do seu lado e disse:
  -O que está fazendo aqui sozinha? Onde está o seu namorado?
  -Ele foi... Ele se foi... Pro mar... Não vai voltar - respondeu ela tristemente.
  -Abandona mais uma vez! Como se sente? - perguntou Martin ironicamente.
  -Sozinha...
  -Não te deixarei de novo - Martin puxou Amy e beijou-a - Eu te amo Amy.
  Martin beijou-a novamente, passou a mão eem seus cabelos e ela começou a chorar. Amy encostou no ombro dele e não parou de chorar.
  -Ele prometeu... - disse entre soluços - Que me protejeria de você... Você prometeu... Nunca mais voltar...
  -Mas ele é exatamente igual a mim! Ele te abandonou! Nós nao cumprimos promessas...
  -Ele... Ele não é como você! Ele... Ele não quis ir embora... Ele não queria... Ele morreu - ela fez uma pausda - Eu não posso me protejer de você! Você precisa sumir! - disse ela nervosa.
  -Mas eu não vou a lugar nenhum!
  -Você vai! Vai para o inferno!
  Amy sacou uma arma e deu um tiro a queima roupa na cabeça de Martin,  o corpo inerete caiu no cais, ela chutou derrubando-o no mar.
  -Você morreram da mesma forma, pelas mesmas mão!
  Amy acordou gritando, ela estava suando e lágrimas caiam descontroladamente de seus olhos. Jonny que estava ao seu lado na cama acordou assustado.
  -Amy! Amy! - ele abraçou-a - Amy! O que houve?
  Ela continuava chorando e não dizia uma palavra. Soluços era tuo que se ouvia. Jonny ficou quase uma hora abraçando-a para tentar acalmá-la.
  -Calma Amy foi só um sonho ruim, já passou - dizia ele repetitivamente.
  -Eu... Eu... - disse ela finalmente - Você acha... Eu... - sua voz estava baixa e histérica - Você acha que eu poderia matar alguém? Matar... Matar você?
  -Do que você está falando? É lógico que não você me ama certo?
  -Eu... Eu acho que sim... Eu não sei... - disse ela baixinho.
  -Tudo bem, você ao menos gosta de mim certo?
  Ela assentiu com a cabeça.
  -Então! - disse ele enfativamente - Vai dar tudo certo.
  -Mas eu te matei no meu sonho! Eu te matei!
  -Vou pegar um calmante pra você. E já volto.
  -Martin! - gritou ela - Eu te matei!
  Jonny voltou a sentar ao lado dela com um copo com água e uma pílula na mão.
  -Eu sou Jonny, Amy. Jonny! E não Martin. Vê? - disse ele sorrindo forçadamente.
  -Oh! Mas... Mas eu te matei também...
  Ele colocou o dedo indicador na boca de Amy e disse.
  -Tome esse comprimido que você se sentirá melhor. - disse ele entregando o remédio e a água - Quando você estiver mais calma podemo conversar, certo?
  Amy tomou o remédio obdientemente e disse:
  -Não posso esperar mais! Tenho que contar a alguém! Isso me aflige muito e creio que não posso guardar isso para sempre!
  -Estou ouvindo minha querida. - disse ele docemente, passando a mão pelos cabelos dela.
  -Vou começar do inicio, primeiro a minha história depois o sonho.
  -Certo.
  -Eu tinha um sonho, uma coisa muito importante pra mim, que eu prezava muito. Quando eu estava perto de me formar eu comecei a estagiar na Ristof Company.
  -Você já trabalhou lá? - perguntou ele  estupefato - Você é simplesmente demais.
  -Eu era a melhor aluna da turma. E fui uma estagiária exemplar, foi assim que conheci Martin Ristof.
  - O criador do Expresso Continental? O engenheiro mais famoso do mundo? Uaau! Você conheceu ele?!
  -Sim, trabalhei com ele. Era assistente dele, ele não era chefe da companhia ainda, ele era apenas o herdeiro de tudo, mas não era muito brilhante, ou ao menos não se esforçava pra isso.. Depois que comecei a auxiliá-lo , ele simplesmente mudou! Tornou-se o melhor funcionário da empresa, não por ser o filho do chefe e sim por fazer projetos inacreditáveis. E finalmente dignificou o nome da família Ristof. "Você era a inspiração que me faltava." Dizia ele.
  "Eu não sei porque, mas ele simplesmente me achava o máximo! Ele começou a me mandar flores e me convidou para jantar. Ele sempre foi uma companhia agradável, bem apessoado, um bom partido em geral. Ele era tão gentil, tão simpático, seria o cara perfeito se não fosse uma coisa, ele era meu chefe.
   Ele se esforçou muito e eu naturalmente me apaixonei por ele. Começamos a namorar escondido, eu estava cega de amor por ele, então fiz a maior besteira da minha vida... - ela fez uma pausa, tomou fôlego e continuou - Fui extremamente ingênua e mostrei meu tesouro pra ele. Meu sonho começou e acabou nesse instante...
  -O que aconteceu com o seu tesouro? - perguntou Jonny curioso.
  -Ele ficou bem, muito bem. Eu e Martin vivíamos juntos um sonho, trabalhávamos bem juntos e nos dávamos bem em casa. Começamos a morar junto cedo, mas parecia natural para o nosso nível de paixão. Mas hoje eu sei que deveria ter esperado, sei que ele só queria meu tesouro, assim que ele colocou seu terríveis olhos nele seus planos mudaram, eu já não era o alvo. A ganância tomou conta dele...
  "O tempo passou e o pai dele adoeceu e ele assumiu a empresa temporariamente. Continuei como ajudante dele, eu já não era mais estagiária, assim a empresa evolui rapidamente, os lucros triplicaram! Martin tinha uma facilidade com finanças e uma imaginação com os negócios, ele havia se tornado um gênio, tudo que aprendi tem um toque dele. Mas o pai dele melhorou e logo retornou ao cargo de chefe e Martin voltou a seu cargo submisso.
  Creio que foi ai que o poder o dominou! O pai achou fantásticas as melhoras que o filho fez, o bem que ele tinha feito a toda empresa, mas não abdicaria do trono tão cedo. Foi ai que Martin ficou cego. Ele passou a dar pílulas ao pai para ficar doente e poder reassumir a presidência e eu como sua companheira acabei encontrando um estoque de remédios na casa onde morávamos e conseqüentemente descobri tudo. Brigamos muito por causa disso e ele me deixou.
  Até ai é uma história normal de um casal que não se deu bem... Mas ele... Ele... Se ele simplesmente fosse embora sozinho eu sobreviveria, sofreria muito menos, mas ele levou o meu tesouro, levou metade da minha vida com ele. Tudo o que restou em mim foi um sopro de vida.
  Eu quase enlouqueci! Fiquei um ano fora de circulação, não saia de casa, não falava com amigos nem com a família, mau comia, não pagava as contas... Até que meus pais me acolheram. Compraram aquela magnífica casa e me arrastaram pra lá. Demorei muito pra me reestabilizar. Foi então que te conheci no trabalho... Igual a ele... O mesmo sorriso cativante, a mesma cor de pela e de cabelo... Mas seus olhos... Seus olhos são diferentes dos dele. Os dele são extremamente azuis e os seus são castanhos-esverdeados. E não são diferentes apenas na cor, os seus são sinceros, e os dele apesar de claros passam uma obscuridade para quem os vê.
  Vocês falam do mesmo jeito, apesar da voz ser diferente, mas você poderia se passar por ele sem ter nenhum problema. Me senti protegida ao seu lado, mas você me lembrava tanto ele... Eu acho que misturo vocês, misturo as ações... Eu tenho medo de te amar... Te amar de verdade, mas também tenho medo que isso seja apenas um resquício do que um dia eu senti pelo Martin.
  Não quero te fazer mau, nem quero sofre novamente... Esse sonho me deixou confusa... Eu posso acabar te fazendo algum mau. No sonho eu tinha te matado e encontrava Martin em um cais nos conversávamos e eu dava um tiro na cabeça dele e jogava o corpo no mar...
  -Calma querida Amy - disse Jonny abraçando-a - Apesar de parecer com ele, eu não sou ele. Eu não vou te fazer mau. E eu não tenho motivos para fazer o que ele fez, você não tem um tesouro... Mesmo se você tivesse um eu seria incapaz de roubá-lo . Você é o tesouro que eu procurava.
  -Eu quero ir ao Expresso Continental e me vingar - ela fez uma pausa - Você vai me ajudar?
  -Eu faço tudo por você.
  -Oh! Jonny.
  -Eu te amo, você tem que entender isso. - disse ele beijando-a.

Expresso Continental

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Capitulo 8 - Impulso
  Na segunda-feira, Jonny e Amy apresentaram-se no escritório como namorados. Muitos colegas ficaram surpresos, outros nem tanto. 
  Amy continuou a sua rotina de trabalho árduo, e na quarta-feira o chefe chamou-a na sua sala
  -Srta. Stendford, tenho que parabenizá-la pelo seu trabalho. - disse Sr. Lorely - Você tem apenas sete meses na empresa e está indo muito bem, preciso elogiá-la, mas também preciso adverti-la que todo esse esforço não poderá ser recompensando adequadamente por hora.
  -O que o senhor quer dizer com isso? - perguntou Amy confusa.
  -Que mesmo você sendo a melhor funcionária, não poderá ser promovida, antes de completar um ano. E isto inclui o bônus do da viagem. - ele a olhou calmamente - Sei que deve saber disso, mas algums colegas comentaram que o seu esforço é pelo prêmio e me achei no dever de lembrá-la.
  -É lógico,senhor, obrigada. - disse ela fazendo menção de se retirar.
  Não acredito que esqueci desse detalhe! - pensou Amy chateada.
  -Srta. Stendford - chamou-a o chefe antes que ela saísse. 
  -Sim?
  -Você receberá um bônus salarial referente ao seu cargo e toda a sua hora extra será paga. Se todos os funcionários fossem como você, seriamos nós que construiríamos o Expresso Continental.
  -Obrigada, senhor. - disse ela se retirando.
  Foi preciso apenas uma de mim para que o expresso fosse feito - pensou ela erguendo a cabeça.
  Amy voltou mais cedo para casa naquele dia (no horário que deveria ser o normal). Desde que começara a trabalhar que ela não curtia mais o seu pequeno apartamento. Ele só não ficava de cabeça para baixo por que Amy contratou uma diarista. Ela tomou um banho e sentou-se em seu sofá para colocar as idéias no lugar.
  -Como eu posso ir para o Expresso Continental agora? A passagem deve ser muito cara e eu não tenho dinheiro suficiente. Tenho três meses para formular um plano e ganhar dinheiro suficiente para entrar naquele trem - Amy fazia pequenos tópicos em seu caderninho enquanto falava - Você irá se arrepender do que fez Martin Anderson Ristof!
  No dia seguinte Amy e Jonny almoçaram juntos em um restaurante.
  -O que fez você reduzir o ritmo de trabalho? - perguntou Jonny.
  -O chefe disse que eu estava me esforçando demais, então resolvi relaxar.
  -Desistiu do trem então... - disse ele brincando.
  -Eu nunca estive atrás do trem! - respondeu ela irritada - Mas até que não é... - ela parou de falar.
  -Não é o que? - perguntou ele confuso.
  -Não seria ruim conhecer esse trem. - disse Amy acanhada - Falam tão bem dele... Ele dever ser mesmo bom.
  -Ele é simplesmente o melhor projeto de todos os tempos, não sei por que você não gosta dele.
  Eu sei que o projeto é bom! Ele é meu! - pensou Amy.
  -Talvez um dia eu te conte...
  -O mistério te rodeia.
  -Você sabia que eu não posso ganhar o prêmio? - perguntou ela despistando.
  -Não - disse ele atônito - Por que não?
  -Normas da empresa, preciso de um ano lá para poder "merecer" - ela fez sinal de aspas - para concorrer ao bônus.
  -Você quer conhecer o trem? - perguntou ele.
  -Eu não queria... - disse ela baixinho - Mas depois que eu soube disso quero saber o que perdi...
  -Se é assim, vou te levar no Expresso Continental! Trabalharemos juntos! - disse ele determinado - E te levo comigo.
  -Tem direito a acompanhante? - perguntou Amy.
  -E com tudo pago! E nada mais justo eu te levar. - disse ele.
  -E como... Como faremos? Estamos com três meses de atraso...
  -Não estamos. - disse ele estressado - Você não foi a única a trabalhar duro durante esses meses. Eu posso ganhar sozinho, mas com a sua ajuda seremos imbatíveis. 
  -Então iremos conhecer o tal trem - disse ela beijando-o.
  Exatamente como eu queria - pensou Amy. 
  A partir desse dia Jonny e Amy passaram muito tempo juntos, a relação deles cresceu instantaneamente, eles eram como amigos de infância faziam tudo juntos e todos da firma comentavam que eles eram um belo casal e mas realidade não eram muito efetivos como namorados, mas como uma dupla eram perfeitos, os trabalhos deles sempre eram os melhores. Seus colegas os invejavam mas nada podiam fazer.
  "-Trabalharemos juntos - disse Martin - Você será contratada efetivamente, será a Sra. Ristof.
  Martin falava com Amy carinhosamente e a beijou. Ela o olhou olhos nos olhos Jonny a encarava, com grandes olhos profundos e fixos nos dela.
  -Eu nunca farei o que ele fez com você - disse Jonny - Não deixarei você viva pra contar historias.
  Jonny avançou em direção a Amy e segurou o pescoço dela com as mãos e apertou com força, Amy começou a gritar e..." 
  Amy acordou assustada, era só um sonho, mas a deixou aterrorizada.
  Não serei usada novamente! Eu que vou usá-lo dessa vez! - pensou ela.
  Amy chamou Jonny para trabalharem na casa dela. Ela fez um jantar e arrumou o apartamento. Vestiu um vestido preto curto, uma sandália prata e prendeu o cabelo, maquilou-se e perfumou-se.
  -Querido - disse ela ao abrir a porta - estava com saudades.
  -Você está linda - disse ele puxando-a para si e beijando-a.
  Amy puxou Jonny para dentro do apartamento e fechou a porta com o pé, jogou-o no sofá e disse passando as mãos pelo vestido justo:
  -Que tal deixarmos o trabalho pra mais tarde e agirmos e namorarmos um pouco? 
  -Acho uma ótima idéia - disse ele puxando-a.
  Amy estava deitada em cima de Jonny. Eles se beijavam freneticamente, as mão dela passavam pelos cabelos de Jonny enquanto ele segurava a cintura dela. Amy começou a beijar o rosto dele passou pelo pescoço até ao ouvido e disse baixinho:
  -Você é exatamente o meu tipo de cara.
  Jonny apertou-a de leve e puxou-a contra si, começou a beijá-la e girou-a. Ela tirou a camisa dele e passou as mãos pelas suas costas e passou as pernas nas pernas dele.
  Ele mordiscou os lábios dela, que se contraiu de prazer. Jonny começou a alisá-la levemente, começou pelos ombros, para o colo, massageou um pouco os seios depois passou paras as coxas apertando-as com suavidade.
  Amy puxava-o enquanto beijava-o, seus corpos estavam se contraindo um contra o outro...
  Assim começou a primeira noite de sexo do casal.
  Agora você não me escapa Jonny.

Expresso Continental

domingo, 25 de outubro de 2009

       Capitulo 7 - Relatório
  "Eles caminharam pelo jardim iluminado pelos pequenos postes que ficavam espalhados por todo o local. Depois de um tempo de caminhada Jonny parou na frente de Amy e disse rapidamente:
  -Amy, quer ser a minha garota? "
  Amy ficou olhando fixamente para Jonny, faltavam-lhe palavras, ela não sabia o que fazer. Jonny pegou a mão dela.
  -Waller - soltou Amy - Você é um cara legal e...
  -Eu tenho uma chance? - perguntou ele interrompendo-a.
  -Não me vejo namorando nesse momento e...
  Lembranças invadiram a mente de Amy e a deixaram paralisada.
  "-Amy, todo mundo dirá que isso nunca vai dar certo, que eu sou seu chefe e filho do dono da empresa, mas você é tão incrível e... - Martin fez uma pausa - Quer ser minha garota?"
  Eles são muito iguais. Isso não é possível. Chega a ser absurdo - pensou ela.
  -Amy? - chamou Jonny despertando-a do seu pequeno transe - Você está bem? Você empalideceu do nada.
  -Eu estou bem - disse ela forçando um sorriso. - Eu posso ser sua garota.
  -Sabia que eu tinha me precipitado e...
  -Jonny, eu disse que vou ser sua garota.
  Amy deu um passo a frente e beijou-o
  Era tudo o que eu queria afinal - pensou ele.
  No dia seguinte Amy contou o que aconteceu a sua mãe.
 -Você aceitou? Amy isso é loucura! - disse ela quase gritando - Você não gosta realmente dele! Você só está com ele porque ele lembra o Martin. Porque ele faz você lembrar de momentos bons. Isso não está certo querida.
  -Eu sei que é loucura, mas eu não podia dizer não, ele é tão gentil. - a voz de Amy era quase um sussurro.
  -Será que eles se conhecem? Podem ser irmãos... Agem da mesma forma e a semelhança física é impressionante!
  -Eles não são tão parecidos - Amy parou um instante - Eles tem a mesma cor de cabelo, o mesmo jeito de falar, ambos meio bronzeados, mesmo formato de rosto quadrado e másculo e... - Amy parou atônita - Oh! Eles são iguais!
  -Não me diga que só reparou agora? - perguntou a mãe irritada.
  -Eu só lembrava das ações... Quando você falou que eles eram iguais pensei na forma de agir, mas reparando bem... Não... Não... Nunca pensei que pudessem existir duas pessoas tão iguais.
  -Ele pode ser um sósia enviado pra te espionar.
  -Oh mamãe! Será? O que eu faço?
  -Tome cuidado e investigue.
  -Será exatamente o que eu farei.
  Ao terminar a conversa com a mãe, Amy foi atrás de Jonny, ele estava sentado na varanda com o notebook no colo.
  -Está querendo me passar a perna? - perguntou Amy rindo - Trabalhando sem mim.
  -Não. Não é isso. Eu estava mandando uns emails pra minha irmã. Ela costuma me visitar aos domingos e eu esqueci de avisar que viajei. Liguei pro celular dela, mas ela não atende.
  -Você tem uma irmã? - disse ela sentando ao lado dele. - Eu sempre quis ter irmãos.
  -Tenho uma irmã mais nova.
  Como vou saber quando ele fala a verdade? Como vou saber se ele é de verdade? - pensou ela.
  Amy ficou desconfiada. Então na hora do almoço ela deu um jeito de verificar.
  -Jonny eu acho que o meu notebook queimou. ele não quer ligar. Poderia me emprestar o seu pra eu olhar uns emails?
  -Claro - disse ele levantando para pegar.
  Ele realmente confia em mim? - pensou ela.
  Ele entregou o notebook e Amy foi para a varando onde o sinal da internet era melhor. Jonny pareceu não se importar, e também não fez nenhuma advertência. Ela ligou o aparelho e abriu o navegador, quando entrou no site para tentar entrar no email de Jonny uma surpresa login e senha salvos.
  Que sorte a minha! Assim me poupa mais tempo. Por um instante pensei que eu teria que usar uma das minhas habilidades. - pensou ela.
  "-Como você soube desse projeto? - perguntou Martin - Nem eu sabia da existência dele.
  -Digamos que eu tenha facilidade para descobrir senhas - disse Amy maliciosamente.
  -Nunca vou querer ter uma inimiga como você..."
  Você nunca terá uma inimiga como eu, só terá a mim. - pensou ela com indignação.
  -O que temos aqui? - disse ela para espantar os pensamentos, ou melhor para espantar Martin deles.
  Ela olhou a caixa de entrada, a caixa de saída, rascunhos, até a lixeira. Ela vasculhou cada email que conseguiu achar.
  -Ele não mentiu afinal - disse ela enquanto lia alguns dos emails.
  Cintia Waller era a pessoa com quem ele mais se comunicava, ela sempre mandava emails e ele respondia e vice-versa. Ela estava quase satisfeita até que encontrou um email com o titulo RELATÓRIO.
  -Vejamos o que temos aqui.
  "Caro amigo,
   Não consegui descobrir muita coisa sobre Amy, ela é muito fechada e parece trabalhar por gosto.
  Um dia ela comentou a sua eficiêcia e disse que era apenas por ser nova na empresa e precisava destacar-se.
  Esse jogo parecia interessante, investigar, seduzir, passar o tempo com uma mulher interessante e se dar bem no trabalho, mas não me parece a coisa certa no momento. Não quero continuar com essa brincadeira. Não te fui útil, mas essa sua idéia me arranjou uma nova namorada. Sim ela aceitou namorar comigo e eu realmente gostei disso.
  Minhas sinceras desculpas.
      Jonny Waller"
  O email datava aquela manhã, pouco antes de Amy encontrar Jonny na varanda.
  Mas o que isso quer dizer? A mamãe estava certa? Ele foi pago para me espionar? Ele parece realmente gostar de mim... O que eu faço? -Amy ficou perdida em pensamentos o resto da tarde.

Expresso Continental

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

                                                 Capitulo 6 - Na casa de praia.
  Jonny encontrou Amy na frente da firma, ele entrou no carro e se surpreendeu, Amy parecia mais bonita que de costume, seus cabelos loiros estavam livres do rígido rabo de cavalo, seu rosto estava calmo, sua expressão tensa havia sumido. Ela usava um vestido leve até os joelhos e uma sandália. Parecia uma mulher totalmente diferente.
  Essa deve ser a verdadeira Amy - pensou ele.
  -Bom dia - disse sorrindo.
  -Bom dia - disse ela retribuindo o sorriso.
  Jonny sentiu um leve frio na barriga, o sorriso o fascinara.
  A viagem foi tranqüila, eles conversaram bastante sobre trabalho e quase nada sobre eles.
  Espero que não tenha sido uma má idéia trazê-lo. - pensou Amy enquanto estacionava o seu aconchegante Nissan Teana. 
  Eles saíram do carro e ficaram parados um tempo olhando a casa, era grande, e aparentemente confortável, tinha cor de tijolo, janelas extensas e uma placa na porta escrito "Família Stendford", que trazia um ar convidativo.
  Amy abriu a porta e chamou:
  -Mamãe? Papai?
  Uma mulher loira  de cabelos curtos e olhar maternal apareceu na porta que estava a direita da sala.
  -Amy! - ela correu para abraçar a filha e a abraçou - Que bom que está aqui! Que saudade queria! Seu pai vai ficar tão contente em vê-la. Henry querido veja quem chegou. - gritou ela em direção a escada.
  Todo esse tempo ela pareceu ignorar a presença de Jonny.
  Não demorou muito um homem com cabelos grisalhos e rosto firme desceu a escada e correu para Amy.
  -Querida! Quanto tempo. Espero que... - ele olhou para Jonny e a sua expressão mudou totalmen
te, de alegria para ódio - O que ele está fazendo aqui Amy?
  -Eu... Eu... - tentou se explicar Jonny, mas o  velhor Henry nao parecia querer ouvir.
  -Já te disse rapaz que não quero você aqui! Não toleraria te encontrar na rua, quanto mais na minha própria casa! - ele se virou para Amy - O que deu em você para trazê-lo aqui?
  -Pai! - disse ela calmamente - Vocês ainda não foram apresentados. Esse é Jonny Waller meu colega de trabalho. E não acho educado o senhor ser tão rude com desconhecidos.
  -Desconhecidos? Mas esse é o... - o Sr. Stendford nao pode terminar a frase pois sua esposa puxou-o e tomou a palavra.
  -Desculpe o mau entendido Sr. Waller... Não sei como lhe dizer isso, mas você se parece muito com um rapaz desagradável que conhecemos e... Bom Henry realmente achou que você era ele... Eu também achei, mas percebo que seus olhos... Seus olhos são diferentes dos dele. - ela olhou para a porta, para as malas e finalizou - Bem vamos entrando deixe suas malas no hall e sente-se um pouco pegarei algo para servir para que esse aborrecimento seja esquecido.
  E ao terminar essas palavras ela se retirou e foi para a porta a direita da sala.
  Os três restantes se dirigiram para o centro da sala e sentaram-se. Amy no sofá ao lado de Jonny e o velho Henry na poltrona à frente deles.
  -Então - começou o Se. Stendford - Esse é o seu novo namorado Amy?
  -Não, não senhor... - tentou explicar Jonny mas Henry lhe deu um olhar penetrante que o fez calar-se.
  Ele parece não ter gostado mesmo de mim - pensou Jonny.
  -Não papai. - disse Amy calmamente - Ele é um colega que veio me ajudar, se ele não viesse comigo provavelmente estaria até agora no escritório...
  -Hum! Essa é minha menina sempre eficiente. - disse ele com satisfação.
  -Amy querida - disse a mãe voltando da cozinha - Me ajuda a servir?
  Amy foi para a cozinha ajudar a mãe.
  -Quem é ele? - perguntou ela cruzando os braços.
  -Jonny Waller. Meu colega de trabalho. - respondeu Amy.
  -Você já disse isso! Eu quero saber, como ele pode ser tão igual ao Martin!
  -Ele não é... Ele... Eu não sei... Eu não tenho culpa. Ele apareceu do nada. Me fez gentilezas, me deu almoço e disse que queria me conhecer. O que eu podia fazer?
  -Eu não sei querida.
  Os Stendford não gostaram muito de Jonny, mas fizeram o possível para deixá-lo confortável. Amy  contou a história de sua família, sobre a firma do pai com o tio. Loren contou histórias de quando Amy era pequena.
  Quando escureceu Amy e Jonny passaram o tempo jogando buraco.
  -Ganhei mais uma vez! - disse Jonny.
  -Ganhou? Você esqueceu de contar os pontos... E pelo visto quem ganhou fui eu! - disse Amy com um sorriso de canto de boca
  -Nunca pensei que eu ia te ver sorrindo - disse Jonny encontrando os olhos dela.
  Os olhos castanhos dela estavam brilhando e os olhos dele estavam esverdeados.
  -Qual a cor dos seus olhos? - perguntou Amy num impulso.
  -Bom isso depende da incidência da luz. Se houver pouca luz eles ficam castanhos, mas na claridade ficam esverdeados... Dizem que é mel, mas eu mesmo não sei. - ele levantou-se e continuou - Vou tomar um ar. Quer ir comigo?
  -Sem mim você se perderia nesse jardim.- disse ela levantando-se também.
  Eles caminharam pelo jardim iluminado pelos pequenos postes que ficavam espalhados por todo o local. Depois de um tempo de caminhada Jonny parou na frente de Amy e disse rapidamente:
  -Amy, quer ser a minha garota?  

Expresso Continental

terça-feira, 20 de outubro de 2009

                                                    

                                Capitulo 5 - Primeiro Encontro
  Jonny estava fazendo o seu melhor, mandava flores, comprava almoço, elogiava e tentava esperar ela sair, mas ele nunca conseguia ficar até a hora que ela saia, ele só tinha certeza que ela não dormia na firma porque ele pagava ao pessoal da limpeza para deixar flores quando ela saísse e elas sempre chegavam.
  Jonny resolveu chamá-la para sair. Ele entrou na sala como de costume, um mês de almoço gerou pequenos diálogos e uma amizade diferente. Já era costume ela comprar o café e ele o almoço.
  -Amy! - chamou ele.
  -Oi? - falou ela sem tirar os olhos dos papeis.
  -Amy! - chamou insistentemente.
  -Sim? - disse ela anotando alguma coisa nas pautas.
  -Amy!!
  Dessa vez ela o olhou, ele tinha uma rosa na mão ao invés do almoço. Os olhos de Amy encontraram os de Jonny eles pareciam escuros nesse momento, assim como o escritório, que estava mal iluminado e vazio.
  -Não terá almoço hoje? - perguntou Amy timidamente.
  -Só se você não quiser sair para almoçar comigo - disse ele sorrindo e entregando a rosa.
  -Mas... Mas... - ele a olhou com grandes olhos e um sorriso irresistível - Eu vou...
  Jonny levou Amy para um restaurante próximo, eles fizeram o pedido e assim que o garçom se afastou Amy perguntou baixinho:
  -Isso é... - uma pausa - Um encontro?
  -Apenas um almoço entre amigos - disse ele olhando o o restaurante e dando uma piscadela para ela - Esse não é um bom lugar para o primeiro encontro.
  "-Amy, por que não vamos a um restaurante jantar enquanto vemos esses projetos? - perguntou Martin ansiosamente.
  -Como um encontro? - perguntou ela nervosa.
  -Apenas um jantar entre colegas - respondeu ele com uma piscadela"
  Por que? Por que? O que ele está tentando fazer? - pensou ela ao lembrar...
  -Gostaria de te conhecer melhor Amy. - disse Jonny interrompendo os pesamentos dela - Você está sempre trabalhando, não sai, não se diverte... Queria ver um sorriso seu... - sua voz era doce e sedutora ao dizer a ultima frase.
  -Mar... Jonny - corrigiu-se rapidamente - eu sou nova na firma e todos vocês já tem o respeito necessário, e com essa competição eu preciso ser eficiente...
   Será que ele acredita nessa? - pensou ela.
  -Mas você só trabalha. Você é bonita e interessante - disse ele pegando a mão dela - Sei que só tomo seu tempo com esses almoços, mas eu achai que te conheceria melhor assim... Mas mau conversamos. Eu gostaria realmente de te conhecer.
  -Eu não sei onde você quer chegar - disse Amy diretamente.
  -Você não percebe? As flores, os bilhetes, os almoços... Quero que você seja minha garota Amy.
  -Mas você nem me conhece...
  -É o que eu estou tentando dizer. Eu tentei te conhecer, mas você não deu uma brecha, criei todas as oportunidades, não sei mais o que fazer para me aproximar de você. - ele fez uma pausa. - Topa um cinema no sábado?
  -Esse final de semana eu não posso... No próximo podemos ver um filme depois do expediente e...
  -É o que eu estou falando você nunca faz nada e quando te chamo para sair você tem compromisso...
  -Não é isso... - ela mordiscou o lábio inferior - Eu vivo sozinha na cidade e tem tempo que não vejo minha família então esse fim de semana irei a casa de praia de meus pais e...
  -Perfeito! - disse ele energeticamente - Me leve com você  assim conhecerei a Amy fora do trabalho.
  -Acho melhor não - disse ela nervosamente - Você está indo rápido demais, eu... Eu... Eu não posso chegar com um cara e apresentar a meus pais... Ainda nem tivemos um encontro, nem sei onde você mora, ou o que você gota, você  nunca me deixou em casa e nem tivemos um primeiro beijo, nem chegamos perto de nada disso. Não é assim que funciona Martin! - ao terminar de falar ela ficou boquiaberta e levou a mão a boca.
  Jonny pareceu não se importar com a troca de nomes, mas Amy sentiu-se mau por pronunciar aquele nome novamente.
  -Podemos considerar isso um encontro - disse Jonny feliz - eu moro a três quarteirões daqui, gosto de suco de laranja e de ler antes de dormir, posso te levar para casa depois do trabalho hoje e quanto ao beijo... - ele levantou, debruçou-se sobre a mesa até ficar frente a frente com Amy e tocou levemente seus lábios nos dela - Ai está.
  Amy ficou olhando para Jonny não sabia como reagir.
  Ele tem atitude - pensou ela.
  -Admiro sua força de vontade JONNY - ela enfatizou o nome - Mas não posso te apresentar a minha família como meu namorado, mas quem sabe como um amigo do trabalho?
   -Isso é uma chance?
   -Estou te dando uma chance.
   Os olhos dele estavam claros, quase verdes, contrastando com seus cabelos escuros. O sorriso dele estava tão iluminado quanto os olhos.
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